sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Fé no País Real


Por mais interessantes e mediáticos que possam ser fenómenos como os que versámos na pretérita semana ou os grandes negócios e fortunas dos principais Grupos Económicos e seus empresários, o país real está longe de ser um portefólio de casos de sucesso.
Afinal, entre os números esmagadores do crescimento do desemprego e das dificuldades financeiras que assolam um conjunto continuamente crescente de famílias há a pobreza, pura e crua, assumida ou envergonhada, que grassa já por uma franja enorme da nossa população.
Há os velhos e os noves pobres. Há os pobres, novos e velhos, sós, casados e com famílias mais ou menos numerosas, que não conseguem fazer face às exigências da sociedade e aos requisitos financeiros mínimos para poderem sequer levar uma vida digna.
Há os sem-abrigo e há os que se abrigam sob a capa de vidas opulentas que em nada condizem com a sua situação económica. E todos, sem excepção, precisam de apoio, de atenção, de uma palavra de estímulo discreta e disponível.
A nível nacional, a situação só não é mais grave por via da intervenção de um sem número de IPSS, muitas delas ligadas à Igreja, que não desarmam no esforço de atender, pelas mais diferentes vias, àqueles que mais precisam.
Nos Centros Sociais e Paroquiais, na Caritas Diocesana, nos Bancos Alimentares, nas estruturas de apoio aos sem-abrigo e em tantas outras instituições de matriz sócio-religiosa está o segredo para que a bolha não rebente e a paz social possa subsistir nas nossas comunidades.
A Igreja e aqueles que aí exercem a sua actividade voluntária, têm, pois, em especial em conjunturas com a actual, um papel único e insubstituível, por que todos, sem excepção, devemos estar reconhecidos.

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