quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Até quando?


I. Enquanto responsável máximo da Coligação “Juntos por Braga defendo que a Câmara Municipal deve responder favoravelmente aos pedidos de apoio à Rampa da Falperra que lhe vêm sendo formulados pelo Clube Automóvel do Minho, atendendo à enorme importância económica que esta prova assume no contexto local.
Mais do que um mero evento desportivo de referência, a Rampa foi / é / e deverá continuar a ser, um enorme cartão de visita da cidade, um foco de atracção de turistas que lota os hotéis do Concelho e uma iniciativa que movimenta várias dezenas de milhar de visitantes que em muito contribuem para o comércio e a restauração locais.
A Rampa garante, por si só, inúmeros postos de trabalho e contribui para o sustento de várias unidades de hotelaria, restauração e comerciais, sendo esta a perspectiva que mais que justifica o apoio municipal.
Não o assumir é mais um erro estratégico crasso com danos potencialmente irrecuperáveis. O alerta está feito, os esforços continuam a ser desenvolvidos, mas o tempo corre contra Braga.

II. No futebol, os Bracarenses têm novamente razões para ficarem apreensivos. Quando pareciam estar reunidas as condições para o clube estar na disputa pela principal prova nacional, eis que voltam a surgir os fantasmas em torno de fenómenos externos ao mero desempenho desportivo.
Nas últimas épocas, e em diversas ocasiões, as ambições Braguistas foram travadas de forma arbitrária por outros agentes que não os jogadores e técnicos dos adversários. Assim sucedeu com decisões de carácter disciplinar e com erros cirúrgicos de arbitragem, particularmente evidentes nos jogos contra os nossos adversários directos.
No passado Domingo, pode até admitir-se que o empate seria o resultado mais justo, atendendo ao desempenho das equipas nas duas partes. Neste particular, razão tem José Peseiro na necessidade de se perceber (e depressa) o porquê da apatia da equipa em determinadas partidas.
Mas a verdade é que o Braga viu ser-lhe negado um golo legal, que propiciaria o empate numa altura em que estava claramente por cima do jogo, e contra um adversário que tem sobretudo revelado uma enorme fragilidade mental em situações adversas.
O decisivo jogo contra o Porto pode trazer novos dados, e esclarecedores, a este propósito.


III. Em 1996, enquanto assistia à final da Taça de Portugal no estádio do Jamor, vi um outro adepto anónimo ser assassinado a algumas dezenas de metros de distância quando um bárbaro resolveu atirar um very-light para o meio de uma multidão.
Hugo Inácio de seu nome, foi condenado e preso, mas evadiu-se do estabelecimento prisional onde se encontrava a cumprir uma pena de quatro anos de cadeia por negligência.
Posteriormente recapturado longe dos focos noticiosos, o dito cujo voltou à berlinda pública na passada semana, ao ser detido no Estádio da Luz, no decurso do jogo Benfica - Spartak, após ter arremessado uma cadeira a uma agente de autoridade. 
E, sabendo-se que existe legislação que permite que certos indivíduos sejam banidos dos estádios do futebol, pode também aqui perguntar-se: até quando?