terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Uma obra inacabada


A reabertura do Teatro Circo foi um momento de especial satisfação para todos os Bracarenses.
Se hoje reconhecemos a valia da intervenção efectuada e a qualidade de vários espectáculos realizados, verificamos que o Teatro Circo (TC) parece ser ainda uma obra inacabada.
Mais do que efectuar um balanço do que já se fez, cumpre traçar o caminho que o Teatro terá que trilhar para ir ao encontro da missão que Braga (como um todo) seguramente lhe confiou: assumir-se como pólo catalisador de uma nova e mais rica dinâmica cultural, com e para todo o Concelho.
Assim, o TC tem que retomar a valia da programação com que se apresentou nos primeiros meses, assumindo-se como um projecto com uma actividade cultural intensa, de elevada qualidade e diversidade e dirigida para todos os públicos.
No futuro, além do trabalho em rede com outros equipamentos culturais, o Teatro Circo tem que ser pioneiro na organização de eventos e na promoção de projectos comunitários que reforcem a identidade Concelhia, o apetite cultural dos Bracarenses e a sua projecção externa.
O TC tem que ser uma “casa aberta à cidade”, um ponto de encontro dos Bracarenses, um espaço disponível para a expressão da nossa cultura e para a afirmação do dinamismo do movimento associativo e da comunidade académica, permitindo também uma maior afluência de público através da prática de preços bem mais acessíveis.
A gestão rigorosa dos recursos não pode funcionar como argumento castrador da ambição e da qualidade. Nem se pode aceitar pacificamente a discriminação de que o TC é hoje alvo por parte do Ministério da Cultura. Nem admitir que a Autarquia considere que o seu esforço financeiro se esgotou na recuperação do edificado.
Depois do fracasso da candidatura a Capital Europeia da Cultura, o TC será sempre um pilar do trabalho a desenvolver para que Braga seja mesmo Capital da Cultura... todos os dias.

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