sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A importância de fazer bem


Ao contrário do actual Presidente da Câmara Municipal de Braga, não faço tenções de me candidatar ao futuro Governo Regional do Norte nem vejo as transformações da organização administrativa do Estado como forma de colocar certos amigos em determinadas posições de decisão, condicionando mesmo os interesses do meu Concelho ao sucesso de tal estratégia (como recentemente ocorreu a propósito da não adesão à nova Entidade Regional de Turismo).
Partindo desses pressupostos, não olho para a Regionalização como um fim em si mesmo mas como um meio para se poder conseguir algo de mais importante: o reforço da coesão territorial em Portugal e o fortalecimento do potencial de desenvolvimento das zonas do País que têm sido mais esquecidas pela lógica claramente centralista dos sucessivos Governos.
Em todo o caso, entendo que a sensibilidade de uma transformação desta natureza carece de várias cautelas, cimentadas por um rigoroso estudo técnico e um alargado debate público e político, que viabilize a legitimação desta opção no incontornável referendo nacional que a deve anteceder.
Sendo, assumidamente, um “cristão-novo” desta causa, considero tal conversão um verdadeiro “acto de fé”, assente na convicção de que quando se consumar a implementação desse novo modelo será possível contar com aquele que eu considero o requisito essencial para o seu sucesso: a predisposição dos agentes de desenvolvimento das regiões, sejam eles públicos ou privados, para assumirem compromissos colectivos, na defesa dos interesses globais, e para estabelecerem mecanismos de cooperação que atentem ao que se passa para lá das suas próprias fronteiras.
O que, a avaliar pelo triste currículo de alguns, vai exigir também uma drástica mudança de protagonistas.

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