sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Braga, Cidade Competitiva?


Confrontado com a dura realidade social que hoje se vive no nosso Concelho, questionei, há cerca de quinze dias, os actuais responsáveis camarários sobre as iniciativas que têm desenvolvido para promover a criação de emprego em Braga.
A pergunta, retórica, recebeu uma resposta inusitada: a Câmara tem permitido o licenciamento de grandes superfícies comerciais que vão criar várias centenas de postos de trabalho.
Percebendo, então, que a maioria socialista se dá por satisfeita por “não se opor” aos investimentos que chegam ao nosso Concelho (e sem acautelar o seu impacto sobre o tecido comercial existente), mantive a mesma certeza de que esta nada faz, de sua própria iniciativa, para captar novos investimentos, empresas e postos de trabalho, ao contrário do que já tantas vezes defendi.
Em Braga, sabemos que não há uma real cooperação com os agentes dinamizadores do turismo para criar factores de atractividade reforçada, sendo que a Autarquia expulsou do Concelho a sua maior fonte de atracção: a Bracalândia.
Sabemos que não há diálogo com as associações representativas do comércio e serviços, impedindo a promoção de sinergias conjuntas.
Sabemos que, ao longo dos anos, a maioria socialista nada fez em matéria de criação de zonas de acolhimento empresarial de excelência, ao nível das que a AIMINHO promoveu em Guimarães (AvePark) e Vila Verde (I9Park).
Sabemos que não há uma política capaz de gestão de equipamentos como o Mercado Municipal ou o Parque de Exposições.
Sabemos, pois, que se já se tivesse feito o óbvio, não teríamos 2.500 licenciados no desemprego nem um número crescente de famílias sem sustento.

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