Terá sido
com especial desencanto que os adeptos Bracarenses assistiram ao jogo da
passada Segunda-feira do Estádio do Dragão para a Primeira Liga Profissional de
Futebol.
Mais do
que o resultado desfavorável para as nossas pretensões, terá causado natural
apreensão a postura da equipa no decurso desta partida, numa atitude
excessivamente defensiva pouco compatível com o estatuto de candidato mais
forte ao 3º lugar e ao inerente acesso potencial à Liga dos Campeões.
Nesse
encontro, o Braga assumiu uma lógica de jogo bastante passiva, de “combate” na
esfera defensiva, mas de pouco arrojo na frente de ataque, entregando o domínio
de jogo a uma equipa do Porto bastante mais mole do que o habitual.
E, mesmo
considerando que os dois golos da vitória caseira surgiram perto do final do
jogo e em dois lances quase fortuitos, a verdade é que a convicção de qualquer
espectador era de que os mesmos pareciam quase inevitáveis tal a toada do jogo
até ali.
E se essa
postura dos visitantes teve a sua demonstração mais eloquente na despropositada
prática de anti-jogo de Quim durante quase todo o tempo que antecedeu o golo da
vantagem portista, a verdade é que até aí só se vira a eficácia letal de Alan,
a qualidade de Santos e a macieza do meio-campo e ataques Bracarenses.
Uma vez
concluída a partida, os anfitriões viram cumpridos os seus anseios de manterem
a distância para o líder da prova e o Braga viu-se condenado a recuperar os 3
(4) pontos de diferença para o terceiro classificado na recta final da
competição.
E, se no
campeonato tudo parece continuar em aberto, as atenções de parte a parte
centram-se no reencontro aprazado para o próximo Sábado no Municipal de
Coimbra.
Esta é a
sexta final de uma competição que o Benfica venceu nas últimas quatro edições e
em que o Porto apenas chegou à final em 2009/2010. Quanto aos Bracarenses,
releva a amarga presença nas meias-finais da edição anterior, então derrotados
pelos vizinhos de Barcelos.
Para
chegar até aqui, o Braga já teve que eliminar o Benfica, enquanto que o Porto
registou um percurso em que a principal complicação envolveu questões de
natureza administrativa.
Curiosamente,
o Braga conta nas suas fileiras com o melhor marcador desta edição da
competição, com 5 golos apontados, mas Rabiola atingiu tal marca com a camisola
do Desportivo das Aves.
Se
olharmos para este jogo com os antecedentes de Segunda-feira, temos que ficar
pessimistas. Se recordarmos a forma como o Braga eliminou o Porto da Taça de
Portugal e como mereceu outro resultado no jogo da Liga, devemos ficar
optimistas.
E, por
paradoxal que possa parecer face ao que escrevi antes, creio que este jogo sim
pode justificar uma abordagem mais cautelosa do que o de Segunda-feira – no
qual era o Porto que tinha tudo a perder.
E, por
falar em curiosidades, já reparou que o Braga perdeu as duas últimas finais
sempre contra o Porto (Taça de Portugal e Liga Europa)? À terceira é de vez?
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