quarta-feira, 19 de setembro de 2012

E começou a Champions!


Para muitos dos adeptos da modalidade – e num grupo em que me incluo convictamente -, a Liga dos Campeões é a melhor competição mundial de futebol, superando mesmo as principais competições de Selecções.
Se em relação às provas Continentais, a Champions tem a vantagem de concentrar os melhores jogadores de futebol do mundo inteiro – que, com raras excepções, actuam em clubes Europeus -, as vantagens em relação ao próprio Mundial são visíveis a três níveis: o maior nível de frescura física dos atletas face ao calendário habitual do Mundial, a (natural) maior fluidez de jogo de equipas que funcionam como um conjunto ao longo de todos os dias de uma época e, até, a existência de mais contendores de grande valia face às provas de Selecções.
A edição de 2012/2013 da prova parece não querer defraudar as expectativas. Depois de no ano passado Chelsea e Bayern de Munique terem demonstrado que os dois colossos espanhóis podem descer à terra, Real Madrid e Barcelona começaram a competição com grandes dificuldades, com vitórias tangenciais por três bolas a duas.
Mais o Barcelona, que defrontava um adversário de menor valia – o Spartak de Moscovo – e vinha de um período repleto de sucessos nas provas internas, do que o Real que, contra o campeão inglês – o Manchester City – e depois de um arranque de época confrangedor, consumou uma excelente exibição e uma vitória muito moralizadora.
Nestes dois dias, assistimos também à vitória tranquila do Porto em Zagreb (marcada pelo acto nobre do seu capitão, cujo pai falecera horas antes), à derrocada dos milhões do Zenit em Málaga, à exibição de classe do também milionário Paris Saint-Germain, às vitórias seguras de toda a armada alemã (B. Dortmund, Bayern e Schalke) e aos empates a zero do Benfica em Glasgow e do Milan, em casa, contra o Anderlecht.
Desta feita, o Manchester cumpriu contra o Galatasaray (depois da surpreendente eliminação na fase de grupos da época passada), tal como o fizeram os ucranianos do Shaktar contra uma das equipas menos cotadas – os dinamarqueses do Nordsjaelland, e o Arsenal em Montpellier.
Os bielorrussos do Bate Borisov poderiam ser a surpresa da jornada pela sua vitória clara em Lille, não fosse a vitória em Braga dos romenos do Cluj.
Ontem, no facebook, alguém comentava que a diferença entre o Cluj e a equipa do Sindicato dos Jogadores é que numa os atletas tinham contratos e na outra não.
Glosava-se assim com o facto de a equipa romena agregar vários atletas que passaram por diversos clubes nacionais e que foram caras conhecidas das Ligas profissionais, entre os quais, vários ex-Bracarenses.
No Municipal de Braga, o Cluj assumiu as suas limitações e soube tirar partido das falhas do adversário, contando com um Mário Felgueiras em grande forma entre os postes.
A Champions já começou? Não, arranca no dia 2 de Outubro, na Turquia.

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