Hoje assinala-se um
momento especial para o desporto Bracarense, na medida em que na reunião do
Executivo Municipal de Braga se delibera formalmente juntar à vasta lista de
topónimos municipais o nome de um dos seus mais insignes dirigentes.
Em bom rigor, é natural
constatar que todos vivemos, trabalhamos e passamos por Ruas e Avenidas, de
maior ou menor importância, em que desconhecemos os reais contributos dos seus
titulares para as respectivas Comunidades.
Daí que, neste âmbito,
seja especialmente relevante o momento da atribuição do topónimo, porquanto o
mesmo traduz o especial reconhecimento dos contemporâneos da personalidade em
questão.
No caso de Fernando
Moura Machado, tal reconhecimento é absolutamente justo, em linha com a
rectidão e dedicação à causa pública que demonstrou de forma continuada e
unanimemente reconhecida nos mais diversos domínios de actividade (no desporto,
na política, no associativismo, nas causas sociais ou culturais).
Foi o primeiro membro da
família a exercer funções de Vereador na Câmara Municipal de Braga (também pelo
PSD, na década de 80), atribuindo-se-lhe um especial papel na aquisição do
Teatro Circo pelo Município (de que foi Presidente do Conselho Fiscal até pouco
tempo antes da sua morte em 2010).
De entre todas as suas
áreas de intervenção, porém, o desporto foi seguramente a “menina dos seus olhos”, como jogador de futebol no Atlético Clube de Braga,
Futebol Clube de Braga e Sporting Clube de Braga, como Presidente da Assembleia
Geral da Associação de Desportos do Minho, ou como Secretário-Geral
da Associação de Futebol de Braga, cargo que exerceu durante cerca de 20 anos,
assumindo depois a presidência da mesa da Assembleia Geral da instituição.
Depois, houve claro o “seu” Sporting Clube de Braga, clube
que viveu apaixonadamente durante os seus mais de 55 anos de filiação, sendo
presença incontornável de todos os jogos no “Velhinho” Primeiro de Maio e no
Campo da Ponte.
Numa daquelas partidas do destino, não pôde desfrutar do
período mais exuberante do Clube no plano desportivo, que se vem assinalando
precisamente de há três épocas a esta parte.
Aí, exerceu funções de Secretário-Geral, Presidente da
Assembleia Geral e Presidente do Conselho Fiscal, sendo também Sócio Honorário
do Clube.
Ao longo da sua longa e
profícua vida de dirigente desportivo reconhecido nacionalmente, recebeu a
Medalha de Bons Serviços Desportivos da Secretaria de Estado do Desporto e a
Medalha de Ouro da Federação Portuguesa de Futebol, entre muitas outras
comendas, louvores e condecorações.
Em 1992, foi também agraciado com a Medalha de Ouro da
Cidade, concedida pela mesma Câmara Municipal de Braga que hoje irá perpetuar o
seu nome num topónimo local.
E, como antes referi, com inteira justiça, porque, tal como
na citação que me atribuiu numa remota entrevista que concedeu em 1985, é mesmo
caso para dizer: “Oh Avô, tu és mesmo
bom!”
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