quinta-feira, 11 de abril de 2013

E Sábado?


Terá sido com especial desencanto que os adeptos Bracarenses assistiram ao jogo da passada Segunda-feira do Estádio do Dragão para a Primeira Liga Profissional de Futebol.
Mais do que o resultado desfavorável para as nossas pretensões, terá causado natural apreensão a postura da equipa no decurso desta partida, numa atitude excessivamente defensiva pouco compatível com o estatuto de candidato mais forte ao 3º lugar e ao inerente acesso potencial à Liga dos Campeões.
Nesse encontro, o Braga assumiu uma lógica de jogo bastante passiva, de “combate” na esfera defensiva, mas de pouco arrojo na frente de ataque, entregando o domínio de jogo a uma equipa do Porto bastante mais mole do que o habitual.
E, mesmo considerando que os dois golos da vitória caseira surgiram perto do final do jogo e em dois lances quase fortuitos, a verdade é que a convicção de qualquer espectador era de que os mesmos pareciam quase inevitáveis tal a toada do jogo até ali.
E se essa postura dos visitantes teve a sua demonstração mais eloquente na despropositada prática de anti-jogo de Quim durante quase todo o tempo que antecedeu o golo da vantagem portista, a verdade é que até aí só se vira a eficácia letal de Alan, a qualidade de Santos e a macieza do meio-campo e ataques Bracarenses.
Uma vez concluída a partida, os anfitriões viram cumpridos os seus anseios de manterem a distância para o líder da prova e o Braga viu-se condenado a recuperar os 3 (4) pontos de diferença para o terceiro classificado na recta final da competição.
E, se no campeonato tudo parece continuar em aberto, as atenções de parte a parte centram-se no reencontro aprazado para o próximo Sábado no Municipal de Coimbra.
Esta é a sexta final de uma competição que o Benfica venceu nas últimas quatro edições e em que o Porto apenas chegou à final em 2009/2010. Quanto aos Bracarenses, releva a amarga presença nas meias-finais da edição anterior, então derrotados pelos vizinhos de Barcelos.
Para chegar até aqui, o Braga já teve que eliminar o Benfica, enquanto que o Porto registou um percurso em que a principal complicação envolveu questões de natureza administrativa.
Curiosamente, o Braga conta nas suas fileiras com o melhor marcador desta edição da competição, com 5 golos apontados, mas Rabiola atingiu tal marca com a camisola do Desportivo das Aves.
Se olharmos para este jogo com os antecedentes de Segunda-feira, temos que ficar pessimistas. Se recordarmos a forma como o Braga eliminou o Porto da Taça de Portugal e como mereceu outro resultado no jogo da Liga, devemos ficar optimistas.
E, por paradoxal que possa parecer face ao que escrevi antes, creio que este jogo sim pode justificar uma abordagem mais cautelosa do que o de Segunda-feira – no qual era o Porto que tinha tudo a perder.
E, por falar em curiosidades, já reparou que o Braga perdeu as duas últimas finais sempre contra o Porto (Taça de Portugal e Liga Europa)? À terceira é de vez? 

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