I. Enquanto responsável máximo da Coligação
“Juntos por Braga defendo que a Câmara Municipal deve responder favoravelmente
aos pedidos de apoio à Rampa da Falperra que lhe vêm sendo formulados pelo
Clube Automóvel do Minho, atendendo à enorme importância económica que esta
prova assume no contexto local.
Mais do que um mero evento desportivo de
referência, a Rampa foi / é / e deverá continuar a ser, um enorme cartão de
visita da cidade, um foco de atracção de turistas que lota os hotéis do Concelho
e uma iniciativa que movimenta várias dezenas de milhar de visitantes que em
muito contribuem para o comércio e a restauração locais.
A Rampa garante, por si só, inúmeros postos de
trabalho e contribui para o sustento de várias unidades de hotelaria, restauração
e comerciais, sendo esta a perspectiva que mais que justifica o apoio
municipal.
Não o assumir é mais um erro estratégico crasso
com danos potencialmente irrecuperáveis. O alerta está feito, os esforços
continuam a ser desenvolvidos, mas o tempo corre contra Braga.
II. No futebol, os Bracarenses têm novamente
razões para ficarem apreensivos. Quando pareciam estar reunidas as condições
para o clube estar na disputa pela principal prova nacional, eis que voltam a
surgir os fantasmas em torno de fenómenos externos ao mero desempenho
desportivo.
Nas últimas épocas, e em diversas ocasiões, as
ambições Braguistas foram travadas de forma arbitrária por outros agentes que
não os jogadores e técnicos dos adversários. Assim sucedeu com decisões de
carácter disciplinar e com erros cirúrgicos de arbitragem, particularmente
evidentes nos jogos contra os nossos adversários directos.
No passado Domingo, pode até admitir-se que o
empate seria o resultado mais justo, atendendo ao desempenho das equipas nas
duas partes. Neste particular, razão tem José Peseiro na necessidade de se
perceber (e depressa) o porquê da apatia da equipa em determinadas partidas.
Mas a verdade é que o Braga viu ser-lhe negado
um golo legal, que propiciaria o empate numa altura em que estava claramente
por cima do jogo, e contra um adversário que tem sobretudo revelado uma enorme
fragilidade mental em situações adversas.
O decisivo jogo contra o Porto pode trazer novos
dados, e esclarecedores, a este propósito.
III. Em 1996, enquanto assistia à final da Taça de
Portugal no estádio do Jamor, vi um outro adepto anónimo ser assassinado a
algumas dezenas de metros de distância quando um bárbaro resolveu atirar um
very-light para o meio de uma multidão.
Hugo Inácio de seu nome, foi condenado e preso,
mas evadiu-se do estabelecimento prisional onde se encontrava a cumprir uma
pena de quatro anos de cadeia por negligência.
Posteriormente recapturado longe dos focos
noticiosos, o dito cujo voltou à berlinda pública na passada semana, ao ser
detido no Estádio da Luz, no decurso do jogo Benfica - Spartak, após ter
arremessado uma cadeira a uma agente de autoridade.
E, sabendo-se que existe legislação que permite
que certos indivíduos sejam banidos dos estádios do futebol, pode também aqui
perguntar-se: até quando?
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