Para muitos dos adeptos da modalidade – e num
grupo em que me incluo convictamente -, a Liga dos Campeões é a melhor
competição mundial de futebol, superando mesmo as principais competições de
Selecções.
Se em relação às provas Continentais, a
Champions tem a vantagem de concentrar os melhores jogadores de futebol do
mundo inteiro – que, com raras excepções, actuam em clubes Europeus -, as
vantagens em relação ao próprio Mundial são visíveis a três níveis: o maior
nível de frescura física dos atletas face ao calendário habitual do Mundial, a
(natural) maior fluidez de jogo de equipas que funcionam como um conjunto ao
longo de todos os dias de uma época e, até, a existência de mais contendores de
grande valia face às provas de Selecções.
A edição de 2012/2013 da prova parece não querer
defraudar as expectativas. Depois de no ano passado Chelsea e Bayern de Munique
terem demonstrado que os dois colossos espanhóis podem descer à terra, Real
Madrid e Barcelona começaram a competição com grandes dificuldades, com
vitórias tangenciais por três bolas a duas.
Mais o Barcelona, que defrontava um adversário
de menor valia – o Spartak de Moscovo – e vinha de um período repleto de
sucessos nas provas internas, do que o Real que, contra o campeão inglês – o
Manchester City – e depois de um arranque de época confrangedor, consumou uma
excelente exibição e uma vitória muito moralizadora.
Nestes dois dias, assistimos também à vitória
tranquila do Porto em Zagreb (marcada pelo acto nobre do seu capitão, cujo pai
falecera horas antes), à derrocada dos milhões do Zenit em Málaga, à exibição
de classe do também milionário Paris Saint-Germain, às vitórias seguras de toda
a armada alemã (B. Dortmund, Bayern e Schalke) e aos empates a zero do Benfica
em Glasgow e do Milan, em casa, contra o Anderlecht.
Desta feita, o Manchester cumpriu contra o
Galatasaray (depois da surpreendente eliminação na fase de grupos da época
passada), tal como o fizeram os ucranianos do Shaktar contra uma das equipas
menos cotadas – os dinamarqueses do Nordsjaelland, e o Arsenal em Montpellier.
Os bielorrussos do Bate Borisov poderiam ser a
surpresa da jornada pela sua vitória clara em Lille, não fosse a vitória em
Braga dos romenos do Cluj.
Ontem, no facebook, alguém comentava que a diferença
entre o Cluj e a equipa do Sindicato dos Jogadores é que numa os atletas tinham
contratos e na outra não.
Glosava-se assim com o facto de a equipa romena
agregar vários atletas que passaram por diversos clubes nacionais e que foram
caras conhecidas das Ligas profissionais, entre os quais, vários ex-Bracarenses.
No Municipal de Braga, o Cluj assumiu as suas
limitações e soube tirar partido das falhas do adversário, contando com um
Mário Felgueiras em grande forma entre os postes.
A Champions já começou? Não, arranca no dia 2 de
Outubro, na Turquia.
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